Uma fazenda em um distrito de São Desidério, a 879 km de Salvador, empregava 42 trabalhadores rurais em condições consideradas degradantes pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Segundo o procurador do MPT Luís Antônio Barbosa da Silva, que fez parte da equipe, um dos trabalhadores apresentava sinais de intoxicação por agrotócixo. O homem se queixou de queimação em todo o corpo, mas não reclamava por medo de ser demitido.
Na sede da fazenda, o MPT encontrou empregados aliciados no Rio Grande do Sul, também sendo mantinos com jornadas exaustivas, sem receber salário, 13º ou férias, sem registro em carteira e sem direito a pausas durante a semana.
A Fazenda Guarani concordou em regularizar as pendências trabalhistas dos empregados - o que dá um valor em torno de R$ 800 mil. Foi firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre a Fazenda e o MPT, em que aquela se compromete a corrigir as condições precárias de segurança e saúde, além de pagar salários e cobrar uma jornada regulamentar dos trabalhadores. Além disso, será necessário pagar uma indenização por dano moral coletivo, no valor de R$ 500 mil, que será usada em benefício de entidades públicas ao critério do MPT.
A operação foi uma parceria entre MPT, Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Federal.
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