O número de vítimas da explosão em mina chinesa na província de Heilongjiang, na China, subiu para 104. As autoridades dizem que ainda se encontram quatro mineiros soterrados.
A explosão aconteceu quando 528 mineiros estavam dentro do complexo, uma das maiores minas de carvão do país. Foi sentida num raio de dez quilômetros.
A explosão que abalou uma mina estatal da província de Heilongjiang, perto da fronteira russa, deixou 87 mortos e 21 desaparecidos, anunciou neste domingo em seu site a Administração Estatal da Segurança do Trabalho.
Trata-se do pior acidente deste tipo dos dois últimos anos na China.
Os socorristas localizaram oito dos operários presos na mina, mas ainda não sabem se eles estão vivos, informou a agência semioficial CNS.
As operações de resgate estão complicadas, porque os operários trabalhavam em 28 lugares diferentes e a cerca de 500 metros de profundidade quando aconteceu a explosão.
Este acidente é o mais mortífero na China, país onde o carvão fornece quase 70% da energia, desde a explosão de gás que matou 105 pessoas numa mina da província de Shanxi em dezembro de 2007.
A mina da cidade de Hegang, onde ocorreu a tragédia de sábado, é uma das mais antigas e maiores da China. Ela produz cerca de 1,45 milhão de toneladas de carvão por ano.
As minas de carvão chinesas estão entre as mais perigosas do mundo. Mais de 3.200 pessoas morreram no ano passado em acidentes semelhantes, segundo dados oficiais considerados muito aquém da realidade.
A China vem tentando há vários anos modernizar suas minas para prevenir este tipo de acidente. O governo concede às minas cerca de 200 milhões de euros em subsídios, investidos em maioria nas tecnologias de captação do metano. Este gás é o principal responsável pelas explosões nas minas.
Segundo números citados pela imprensa oficial, o governo liberou 15 milhões de yuans (1,4 milhão de euros) desde 2005 para melhorar as minas existentes.
O governo chinês também lançou há alguns anos uma ampla campanha para o fechamento das pequenas minas, frequentemente ilegais e perigosas. No entanto, muitas delas continuam funcionando, devido à corrupção das autoridades locais.
Entretanto, segundo Pequim, o número de vítimas de acidentes em minas diminuiu bastante nos últimos anos.
De acordo com estatísticas oficiais, 1.888 pessoas morreram entre janeiro e setembro deste ano nas minas de carvão chinesas.
Fonte: AFP
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