Na
terça-feira, 26 de novembro de 2013, ocorreu o II Encontro de Pesquisa sobre Trabalho
Infantil do GESTO-UFRN, na sala F2, no setor I, da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Tal grupo de pesquisa é coordenado pelo Prof. Dr. Zéu Palmeira
Sobrinho.
Participaram
deste encontro, na qualidade de palestrante, a Professora da UFRN Irene Alves
de Paiva, vinculada ao Departamento de Sociologia, e as alunas pesquisadoras do
GESTO: Andressa Câmara Grilo, Diana Ferreira da Silva e Fernanda Maria de
Oliveira Ramalho. Participou auxiliando na organização Carlos Magno Carvalho da
Rocha, aluno da UFRN e membro do GESTO.
As
alunas pesquisadoras apresentaram os projetos de pesquisa referentes aos seus Trabalhos
de Conclusão de Curso, todos abordando o tema trabalho infantil. Andressa expôs
sua pesquisa acerca do trabalho infanto-juvenil na agricultura familiar em
assentamento rural localizado no município Ceará-Mirim; Diana tratou da
pesquisa-ação que desenvolve sobre trabalho infantil à luz do princípio da
proteção integral no aspecto educacional na comunidade Passagem de Areia, em
Parnamirim; e Fernanda explanou sobre trabalho infantil doméstico no Estado do
Rio Grande do Norte.
A
Professora Irene tratou do trabalho infantil no campo e suas implicações sobre a
educação, relatando suas experiências de pesquisa com comunidades rurais e
destacando que a contribuição do fator cultural para a incidência do fenômeno
não deve ser vislumbrada como algo absoluto e imutável.
Após
as apresentações, foi oportunizada a formulação de questionamentos pelos
participantes do evento, os quais puderam se dirigir à Professora Irene e às
alunas pesquisadoras do GESTO, refletindo criticamente sobre o trabalho
infantil.
A
exposição de pesquisas em eventos dessa natureza revela-se importante para
fomentar a produção acadêmica na universidade, bem como para estimular a
discussão de temáticas de cunho social, o que contribui para a formação
humanística dos estudantes de Direito.
No
cenário atual, emerge a relevância de debatermos a problemática do trabalho infanto-juvenil,
a qual se expressa nas estatísticas alarmantes divulgadas pela Organização
Internacional do Trabalho e, paradoxalmente, se oculta face à invisibilidade
das crianças e adolescentes trabalhadores, sobretudo aqueles que atuam no
trabalho doméstico e no setor agrícola.
Durante
o encontro, foi enfatizada também a importância da educação como um dos
principais instrumentos para o combate e a erradicação do trabalho infantil. Como
garantiremos o futuro da nação sem dar estudo às crianças hoje? O Poder Público
tem que se envolver, tem que chamar para si a responsabilidade de erradicar o
trabalho infantil, mas, para isso, toda a sociedade deve estar engajada, a começar
por nós, acadêmicos, que temos a missão de esclarecer tal tema para a
sociedade, chamando-a para enfrentarmos juntos este problema social.
A
preocupação é com o futuro que cada criança virá a ter, a qual será privada de
sua infância e de desenvolver suas potencialidades, caso inicie a trabalhar
precocemente.
Além
dos danos psicológicos ocasionados à criança, o trabalho infanto-juvenil traz
reflexos para as idades adulta e idosa. Na
infância, o trabalhador prematuro fica excluído das brincadeiras e perde a
oportunidade de estudar; na idade adulta, não tem acesso às opções concretas do
mercado de trabalho e, quando idoso, fica excluído da previdência social (SOUZA;
ARCOVERDE, 2010).
Vamos
educar as crianças. Vamos tornar o trabalho infantil um tema importante nos
bancos acadêmicos, vamos escrever e publicar artigos científicos a respeito. Vamos
dar a nossa contribuição para o lado social de nossa sociedade a fim de
construirmos um futuro melhor para as nossas crianças.
A
criança tem o direito de estudar, brincar e ter lazer. A família, o Estado e a
sociedade tem o dever de conferir-lhes amparo completo, tratando-os com
absoluta prioridade e efetivando o princípio da proteção integral.
Parabéns
ao Prof. Zéu Palmeira Sobrinho pela coordenação de tão relevante pesquisa na
área social, a qual é muito esquecida pela maioria da população e pelo governo.
Profa.
Irene Alves de Paiva, muito obrigado pela excelência de sua explanação, muito
agregou ao encontro de pesquisa e contribuiu para fortalecer ideia de que a
educação é um importante meio para o combate ao trabalho infantil.
Carlos Magno
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