OIT publica o Relatório Global sobre trabalho infantil

O documento diz que houve uma redução nos números, uma vez que o mundo passou de 246 milhões, em 2000, a 168 milhões de trabalhadores, em 2012. Temos, ainda, 98 milhões de crianças trabalhadoras na agricultura, setor este que lidera as estatísticas como o que mais explora a força de trabalho infantil.
Segundo Zéu Palmeira, professor da UFRN e integrante da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, no âmbito da Justiça do Trabalho, "os números, embora revelem uma queda, são péssimos, posto que apontam para dois aspectos preocupantes: primeiro,  comprovam que o ritmo implementado para a erradicação mundial do trabalho infantil é insuficiente, inclusive em relação ao Brasil, que assumiu o compromisso de eliminar o labor infantil completamente até 2020; segundo, 85 milhões de crianças ainda laboram em atividades perigosas, o que evidencia que temos trabalhadores infantis que continuam sendo potenciais candidatos a sequelas irreversíveis, com crescentes perspectivas de danos à saúde e, mais grave, crianças e adolescentes que estão inseridos num mercado de trabalho de risco com iminentes e concretas possibilidades de perderem a vida em acidentes laborais."
A importância do relatório se apresenta diante das expectativas de serem revistas, ou mesmo aperfeiçoadas, as estratégias de combate ao trabalho infantil, por ocasião da Conferência Global sobre Trabalho Infantil que será realizada em outubro próximo, em Brasília-DF.  "A Conferência certamente debaterá sobre as alternativas e estratégias para acelerar a redução do número de trabalhadores infantis", concluiu Palmeira.
Para acessar o teor do relatório na íntegra clique na foto abaixo. (Texto de Victor).


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