Justiça obriga Galo a restabelecer vínculo com zagueiro Marcos
Parece que a novela que envolve o zagueiro Marcos e o Atlético-MG, antigo clube do jogador, chegou a um final feliz. Nessa terça-feira, terminou o prazo dado pela Justiça do Trabalho para que a equipe alvinegra restabelecesse o contrato do jogador, que foi encerrado em dezembro de 2009. Além da reedição do vínculo, o atleta pedia ao clube o pagamento de todas as despesas médicas efetuadas, após a cirurgia realizada na coluna, em dezembro do ano passado. E mais, que fosse emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ao INSS.
Entenda o caso
Marcos, de 35 anos, foi jogador do Atlético-MG entre 2006 e 2009. O contrato, que se encerrou em 31 de dezembro do ano passado, não foi renovado. Antes, em 5 de dezembro, o atleta passou por uma cirurgia na coluna para descomprimir uma vértebra.
O jogador queria que o trabalho de recuperação e fisioterapia fosse realizado no próprio Atlético-MG, mas não teve sucesso, já que o contrato já estava vencido.
Segundo o zagueiro, ele sofreu um acidente de trabalho, enquanto o Atlético-MG argumentava que ele sofria de uma doença degenerativa, que não teria relação com o trabalho prestado no clube. Porém, o laudo médico pericial concluiu que o jogador ‘porta doença multifatorial agravada pelo trabalho’.
Na decisão, o juiz do trabalho Marcos Vinícius Barroso estabeleceu que o clube reeditasse o contrato do atleta, assim como pagasse todas as despesas médicas do jogador, ‘até sua integral recuperação’. Caso o Atlético-MG descumprisse a ordem judicial, uma multa de R$ 30 mil deveria ser paga ao jogador.
Atlético-MG
A diretoria do Galo tem tratado o assunto como ‘interno’ e, portanto, se reserva a comentar sobre o caso. No entanto, o advogado do clube, Bruno Cardoso Pires de Moraes, disse que o Atlético-MG acatou a decisão judicial e encaminhou o processo ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), assim como enviou a comunicação do caso ao CAT.
Marcos
O zagueiro Marcos disse que entrar na justiça foi o último caminho possível para resolver essa situação.
- Fui ao clube algumas vezes para que o Atlético-MG fizesse as coisas da maneira como deveria ser feita. Trabalhei lá por quatro anos, tive um acidente de trabalho e me mandaram embora. Eu tive que custear fisioterapia, exames. Eu não entendi porque não deixaram que eu fizesse a fisioterapia.
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